O senador italiano de extrema direita Matteo Salvini comentou a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de revogar a garantia federal ao direito ao aborto e disse que a última palavra "é sempre da mulher".
Admirador confesso do ex-presidente Donald Trump, o ex-ministro do Interior evitou criticar a sentença, afirmando acreditar "no valor da vida, do início ao fim". "Mas, a propósito da gravidez, a última palavra é sempre da mulher", acrescentou Salvini nesta sexta-feira (24).
Ao longo dos últimos anos, o senador nunca questionou o direito ao aborto - uma pauta cara à extrema direita no mundo todo -, porém com a ressalva de que era preciso "combater abusos" e evitar que essa prática se tornasse um "sistema contraceptivo".
Agora com maioria conservadora, a Suprema Corte dos EUA reverteu uma decisão de quase 50 anos que garantia o direito universal ao aborto em nível federal, enquanto não houvesse viabilidade fetal, ou seja, enquanto o feto não fosse capaz de sobreviver fora do útero (por volta da 24ª semana de gestação).
A nova sentença, aprovada com placar de 6 a 3, não proíbe o aborto, mas deixa caminho livre para os estados impedirem a prática. Após a decisão da Suprema Corte, diversos estados já anunciaram a proibição em seus territórios, como Texas, Missouri e Dakota do Sul, todos governados por republicanos. (ANSA)
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