Um dos principais assessores do prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, renunciou nesta sexta-feira (19), após a divulgação de um vídeo que o mostra fazendo ameaças de morte contra dois homens.
O protagonista do escândalo é Albino Ruberti, chefe de gabinete de Gualtieri, expoente da centro-esquerda italiana que governa a capital há quase um ano.
Em um vídeo revelado pelo jornal Il Foglio, Ruberti grita contra Vladimiro De Angelis, irmão do ex-eurodeputado Francesco De Angelis, e contra um homem identificado apenas como "Adriano".
"Eu mato vocês! Mato vocês! Vocês devem pedir desculpas de joelhos, ou escrevo nesta noite aquilo que vocês me perguntaram na mesa", afirma o assessor de Gualtieri na gravação, que teria sido feita há cerca de dois meses, em um jantar em Frosinone.
As razões exatas da briga ainda não estão claras, mas Ruberti reclama diversas vezes no vídeo que Vladimiro e Adriano haviam dito que poderiam "comprá-lo". "Vai me comprar? Esse merda do Vladimiro?", diz o assessor, enquanto sua esposa tenta acalmá-lo, sem sucesso.
"Cinco minutos! Vou atirar em vocês! Vou matar vocês! Cinco minutos, aqui, de joelhos, os dois!", grita Ruberti. Logo após a divulgação do vídeo, o Partido Democrático (PD), sigla de centro-esquerda à qual pertencem todos os envolvidos, afirmou que o episódio era "gravíssimo" e não ficaria "sem consequências".
Em seguida, Ruberti renunciou ao cargo de chefe de gabinete, enquanto Francesco De Angelis, que também estava presente no jantar, retirou uma candidatura a deputado pelo PD nas eleições de setembro.
"Ilustríssimo prefeito, em relação ao vídeo publicado pelo jornal Il Foglio, confirmo que trata-se de uma briga verbal durante um jantar privado, sem qualquer relação com meu papel institucional. Eu reagi com dureza à frase 'vou te comprar', ainda que não constituísse em si uma proposta corruptiva", justificou Ruberti em uma carta a Gualtieri.
“Para evitar instrumentalizações que possam atingir seu prestígio e das instituições que você representa, entrego meu cargo de chefe de gabinete”, acrescentou. (ANSA)
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