Morreu nesta terça-feira (20), aos 98 anos, o italiano Virginio Rognoni, um dos nomes mais conhecidos da política do país. Segundo as informações dos familiares, ele faleceu durante a madrugada em sua casa em Pavia, na região da Lombardia, enquanto dormia.
Rognoni, que era atualmente filiado ao Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, foi ministro do Interior entre 1978 e 1983, nos chamados "Anos de Chumbo", um período de extrema tensão política e de muitos atentados terroristas na Itália na segunda metade do século 20.
Inclusive assumiu a função depois que seu antecessor, Francesco Cossiga, se demitiu do cargo após o corpo do então premiê Aldo Moro ser encontrado. O chefe de governo foi assassinado pelo grupo Brigadas Vermelhas, extremistas de esquerda que atuavam no país.
Além disso, junto com o deputado comunista Pio La Torre, também assassinado em 1981, mas pela máfia Cosa Nostra, foi quem promoveu a primeira lei do país que confiscava bens de mafiosos. A legislação ficou conhecida como Rognoni-La Torre.
Depois do cargo, assumiu ainda as pastas de Justiça e da Defesa e atuou na Câmara dos Deputados entre 1968 e 1994.
Além disso, foi vice-presidente do Conselho Superior de Magistratura (CSM) entre os anos de 2002 e 2006 e professor de Jurisprudência na Universidade de Pavia.
"Soube da notícia da morte de Virginio Rognoni, sempre um protagonista positivo de tantas etapas importantes da vida institucional do nosso país. Um grande amigo e um ponto de referência. Um abraço afetuoso para sua família", escreveu o atual secretário do PD, Enrico Letta, em suas redes sociais.
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