Quase 51 milhões de italianos estão aptos a votar neste domingo (25) nas eleições parlamentares antecipadas que vão definir o próximo primeiro-ministro do país.
Com a coalizão formada pelos partidos de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, e Liga, de Matteo Salvini, e pelo conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, favorita para obter maioria no Parlamento, com o FdI na liderança, a votação iniciada às 7h (horário local) começou com uma afluência estável dos eleitores por todo o país em relação à última eleição e se mantém em queda.
Segundo o último boletim divulgado às 19h (hora local) pelo Ministério do Interior, 51,25% dos eleitores foram às urnas em 6.716 municípios de um total de 7.904. No pleito de 2018, pelo menos 59,25% dos cidadãos já haviam registrado o voto até este horário.
As urnas permanecem abertas até às 23h (18h no horário de Brasília). Em Roma, filas já foram registradas em várias seções, com eleitores, em alguns casos, esperando mais de meia hora para votar.
Além disso, há lentidão nos processos de votação devido aos sistema de segurança desenvolvido contra fraude para evitar a possibilidade de substituição da cédula no momento do voto.
Os eleitores chamados às urnas totalizam cerca de 50,87 milhões, sendo que aproximadamente 4,7 milhões vivem no exterior e tiveram até a última quinta (22) para enviar seus votos pelos correios.
Considerando apenas os eleitores que moram na Itália, 51,74% são mulheres, e 48,26%, homens. O eleitorado ainda inclui 2,7 milhões de jovens que chegaram à maioridade recentemente e poderão votar pela primeira vez para o Parlamento, inclusive para o Senado - ate as últimas eleições, apenas maiores de 25 anos podiam eleger senadores.
Mais de 6,3 mil candidatos disputam 400 vagas na Câmara e 200 no Senado, o que significa uma redução de um terço nos assentos devido a uma reforma constitucional aprovada em 2020.
Desse total, 12 serão eleitos pelos italianos no exterior, sendo três (dois deputados e um senador) no colégio da América Meridional, que inclui o Brasil - o bicampeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi e o ex-embaixador Andrea Matarazzo são candidatos ao Senado.
Como a Itália adota o regime parlamentarista, caberá ao partido ou coligação mais votada a incumbência de formar o próximo governo e indicar um novo primeiro-ministro.
Previsto inicialmente para 2023, o pleito foi antecipado em um semestre devido à renuncia do premiê Mario Draghi, líder de um governo de união nacional e que teve de entregar o cargo após ter perdido o apoio de parte de sua base. (ANSA)
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