Após a vitória da deputada de extrema direita Giorgia Meloni nas eleições parlamentares na Itália, as expectativas se voltam agora para 13 de outubro, quando a nova legislatura tomará posse.
O artigo 61 da Constituição prevê que a Câmara dos Deputados e o Senado sejam convocados até o 20º dia depois do voto, e o presidente Sergio Mattarella já havia indicado a data de 13 de outubro quando marcou eleições antecipadas.
Até lá, no entanto, a coalizão de direita encabeçada por Meloni já trabalhará na formação do novo governo, o primeiro na história da Itália chefiado por uma mulher, salvo reviravoltas improváveis a essa altura.
O partido Irmãos da Itália (FdI), presidido por Meloni, não tem maioria para governar sozinho, mas integra uma sólida aliança com a ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, e o conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.
Essa coalizão terá mais de 110 dos 200 assentos no Senado e mais de 230 das 400 cadeiras na Câmara - os números definitivos ainda não foram divulgados.
Em sua primeira sessão, em 13 de outubro, os parlamentares eleitos escolherão os novos presidentes da Câmara e do Senado. Em seguida, Mattarella iniciará as consultas com os partidos para a formação do governo.
A expectativa é de que, com uma maioria ampla no Parlamento, Meloni receba do chefe de Estado o encargo de formar um novo Executivo. Após alguns dias, a deputada deve voltar a Mattarella com uma lista de ministros pronta para tomar posse.
Até 10 dias depois da nomeação definitiva, o governo deve se apresentar ao Parlamento para formalizar o voto de confiança de deputados e senadores. (ANSA)
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