O poder Executivo da União Europeia afirmou nesta segunda-feira (26) que espera ter uma "cooperação construtiva" com a Itália, que deve ganhar um governo liderado pela deputada eurocética Giorgia Meloni, de 45 anos.
"A Comissão Europeia trabalha com os governos eleitos pelo voto nos Estados da UE, e o mesmo se aplica neste caso", disse o porta-voz do órgão, Eric Mamer.
"Esperamos ter uma cooperação construtiva com as autoridades italianas, agora estamos esperando que a Itália forme um governo segundo os procedimentos de sua Constituição", acrescentou.
Provável futura premiê, Meloni sempre adotou uma postura eurocética, porém hoje não fala mais em tirar a Itália da União Europeia, uma vez que o país é o principal beneficiário do fundo de recuperação do bloco para o pós-pandemia, com direito a quase 200 bilhões de euros.
Países
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que "respeita a escolha democrática" dos eleitores italianos e que espera "continuar a trabalhar junto" com o novo governo do país.
"O povo italiano fez uma escolha democrática e soberana. Nós a respeitamos. Como países vizinhos e amigos, nós precisamos continuar a trabalhar juntos", disse em mensagem transmitida a Roma.
Já a primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, também se pronunciou sobre a vitória de Meloni e garantiu que o país ficará "atento" para garantir que "valores sobre os direitos humanos, sobre o respeito recíproco, principalmente sobre o direito ao aborto, sejam respeitados por todos".
Por sua vez, a líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, afirmou que o povo italiano "pegou seu próprio destino nas mãos, elegendo um governo patriótico e soberanista". "Parabéns a Giorgia Meloni e Matteo Salvini por terem resistido às ameaças de uma União Europeia antidemocrática e arrogante", acrescentou.
Meloni também recebeu os parabéns do premiê de extrema direita da Hungria, Viktor Orbán. "Vitória merecida", ressaltou o primeiro-ministro no Facebook.
Já Wolfgang Buchner, porta-voz do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse esperar que a Itália continue sendo um "país muito amigo da Europa". "Esperamos que isso não mude", salientou (ANSA)
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