A Procuradoria de Modena, na Itália, pediu nesta quarta-feira (5) um processo imediato contra a transexual brasileira Pamela Andress, 52 anos, pela morte da italiana Samantha Migliore, 35, ocorrida em abril deste ano.
Migliore morreu após fazer um procedimento nos seios.
Andress é acusada pela morte como consequência de outro delito, o exercício abusivo da profissão sanitária, e omissão de socorro. A brasileira atuava como esteticista, mas não tinha autorização para fazer esse tipo de procedimento, realizado inclusive na casa da italiana.
A autópsia revelou que havia uma grande quantidade de silicone nos pulmões de Migliore, que morreu em decorrência de uma embolia pulmonar. Segundo o marido, Antonio Bevilacqua, revelou na época dos fatos, foi ele mesmo quem levou a esposa para o hospital de Baggiovara ainda com "as seringas em seus seios".
"Em poucos minutos, ela morreu em meus braços", acrescentou o companheiro. Migliore chegou já sem vida no centro hospitalar.
Ainda conforme Bevilacqua, Andress fugiu da casa do casal ao ver que o procedimento tinha dado errado - algo que é negado pela defesa da brasileira, que diz que ela esperou até a ambulância chegar à casa. As investigações sobre a dinâmica dos fatos não foram tornadas públicas.
Fato é que a brasileira se entregou à polícia apenas no dia seguinte à morte de Migliore e foi submetida ao regime de prisão domiciliar em 13 de maio.
A primeira audiência judicial foi marcada para o dia 24 de novembro.
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