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'Força dos direitos é imparável', diz Mattarella sobre Irã

'Força dos direitos é imparável', diz Mattarella sobre Irã

Presidente italiano reforçou que é preciso 'defesa comum' na UE

ROMA, 06 outubro 2022, 10:47

Redação ANSA

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Protestos no Irã já deixaram mais de 150 mortos © ANSA/EPA

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que a crise social no Irã mostra que a força na busca dos direitos é "imparável" em todo o mundo. A fala ocorreu durante um evento com 14 chefes de Estado em Malta nesta quinta-feira (6).

"A força dos valores europeus na defesa dos direitos, da liberdade e da democracia é imparável, como mostra a situação no Irã", disse o mandatário aos presentes.

Segundo Mattarella, o bloco europeu "precisa adotar instrumentos adequados" sendo "indispensável uma política externa e de defesa comum da União".

"A agressão brutal da Rússia na Ucrânia mudou o quadro político mundial ao perturbar as regras internacionais. Isso levou a União Europeia a uma maior consciência de seu papel internacional na salvaguarda e na defesa dos direitos, da liberdade e da democracia", acrescentou ainda.

A fala de Mattarella vem um dia depois do ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, conversar por telefone com seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.

Apesar de nenhuma comunicação formal da Farnesina ter sido publicada, o governo de Teerã divulgou que a atual crise social com os protestos por mais direitos das mulheres esteve na pauta.

Desde 16 de setembro, quando a morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, foi divulgada, o Irã enfrenta grandes protestos por mais liberdade e direitos pelas mulheres. Amini foi morta sob custódia após ser presa pela chamada "polícia da moral e bons costumes" por não usar corretamente o véu islâmico.

Conforme ONGs de direitos humanos, mais de 150 pessoas morreram nos atos por conta da grande repressão estatal. Além disso, a Itália está acompanhando de perto o caso da prisão da italiana Alessio Piperno, 30 anos, que está em um presídio de Teerã. Até o momento, não está claro se sua detenção tem relação com os protestos por mais liberdade.
   

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