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Presidente da Itália cobra redução de mortes no trabalho

Presidente da Itália cobra redução de mortes no trabalho

Nos primeiros oito meses de 2022, foram 677 vítimas

ROMA, 09 outubro 2022, 11:55

Redação ANSA

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Itália registrou 677 vítimas em apenas oito meses - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que são "inaceitáveis" os números das mortes em ambiente de trabalho no país neste domingo (9), em data criada para refletir esse tipo específico de incidente.

"Trabalhar não pode significar colocar em risco a própria vida. Por isso o Dia Nacional pelas Vítimas dos Incidentes no Trabalho é uma ocasião preciosa para chamar a atenção sobre um fenômeno inaceitável em um país moderno e que colocou o trabalho como um dos fundamentos da vida democrática", disse Mattarella em comunicado.

Segundo os dados oficiais do Instituto Nacional de Seguros de Acidentes de Trabalho (Inail), divulgados neste domingo pela Associação Nacional dos Trabalhadores Mutilados e Inválidos (Anmil), nos oito primeiros meses de 2022 foram registradas 677 mortes de trabalhadores - o que dá cerca de três mortes por dia.

Apesar de alto, o dado é um pouco menor do que o contabilizado no mesmo período do ano passado, quando foram 772 falecimentos, queda de 12,3%. Porém, os incidentes no ambiente profissional estão tendo uma forte alta e já somam 484.561 (2.019 por dia), um valor 38,7% maior do que nos oito primeiros meses de 2021.

Também há alta na quantidade de diagnósticos de doenças relacionadas ao trabalho, que chegaram a 39.367, uma elevação de 7,9%.

Para Mattarella, "a afirmação sobre os direitos nos locais de trabalho, sendo o primeiro o direito à vida, é um gerador de valor para a sociedade, para os trabalhadores e para as empresas".

"Os números das vítimas de incidentes profissionais, mesmo com os numerosos provimentos normativos que foram criados para preveni-los, são alarmantes e dramáticos. Contam histórias de vidas despedaçadas, de famílias destruídas, de pessoas gravemente feridas, de homens e mulheres que pedem por justiça", acrescentou ainda.
   

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