A futura premiê Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), alertou nesta sexta-feira (14) seu aliado de coalizão, o ex-premiê Silvio Berlusconi, do conservador Força Itália (FI), que não aceitará "extorsão", em meio à tensão entre os dois.
"Faltou apenas um ponto: que não aceito chantagem", disse a deputada aos jornalistas presentes em sua saída da Câmara dos Deputados.
A declaração é dada após uma imagem de um bloco de anotações do senador mostrar que ele define Meloni, sua aliada, como "arrogante e ofensiva".
Divulgada com exclusividade pelo jornal La Repubblica, a foto foi tirada durante a primeira sessão da nova legislatura no Senado, na última quinta-feira (13), em meio ao descontentamento de Berlusconi com as negociações para a formação do futuro governo.
Na imagem, é possível ler uma série de adjetivos elencados por Berlusconi para definir o "comportamento" da líder de extrema direita, como "teimoso, prepotente, arrogante e ofensivo". Além disso, afirma que "Giorgia não está aberta a mudanças" e é alguém "com quem não dá para entrar em acordo".
Câmara de Deputados -
Hoje, o deputado de extrema direita Lorenzo Fontana, da Liga, foi eleito como novo presidente da Câmara da Itália. A escolha foi comemorada por Meloni.
"Parabéns e muitas felicidades ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Lorenzo Fontana. Os Irmãos da Itália votaram nele com convicção e temos certeza de que ele poderá preencher este prestigioso papel com um sentido das instituições, equilíbrio e imparcialidade", disse.
Meloni ressaltou que "os italianos nos pedem respostas imediatas e para não perder tempo. E a votação de hoje, depois da de ontem no Senado, confirma que queremos trabalhar neste sentido".
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