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Berlusconi emplaca aliada como ministra da Justiça

Berlusconi emplaca aliada como ministra da Justiça

Cargo será ocupado por Elisabetta Casellati

ROMA, 18 outubro 2022, 13:01

Redação ANSA

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Silvio Berlusconi com sua namorada, a deputada Marta Fascina, na saída da Câmara dos Deputados - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Réu em diversos processos por corrupção de testemunhas, o ex-premiê da Itália e senador Silvio Berlusconi conseguiu emplacar uma de suas principais aliadas, Elisabetta Casellati, como ministra da Justiça no futuro governo de Giorgia Meloni.

Ainda não confirmada oficialmente pela líder de extrema direita, a nomeação significa uma vitória para Berlusconi, que chegou a entrar em atrito com a futura primeira-ministra por conta da composição de seu gabinete.

"Meloni aceitou Casellati como ministra da Justiça", disse o ex-premiê ao deixar uma reunião com os deputados de seu partido, o conservador Força Itália (FI), na Câmara, em Roma, nesta terça-feira (18).

Segundo Berlusconi, o coordenador nacional do FI, Antonio Tajani, dividirá o cargo de vice-primeiro-ministro com Matteo Salvini, líder da legenda de ultradireita Liga.

Já condenado em definitivo por fraude fiscal e réu em diversos processos por compra de testemunhas, o ex-premiê alega ser perseguido pela magistratura italiana e há tempos defende uma reforma no sistema judiciário.

"Não somos um país democrático, mas deixa para lá... Digo apenas isso: para chegar a uma sentença de primeiro grau na Itália são necessários 1.120 dias; na Europa, nenhum país passa de 400 dias", acrescentou Berlusconi.

Meloni chegou a cogitar o ex-procurador da Operação Mãos Limpas Carlo Nordio para o Ministério da Justiça, mas acabou acatando a indicação de Casellati para garantir a unidade da aliança conservadora.

No fim da semana passada, o ex-premiê deixou clara sua insatisfação com o espaço reservado ao FI no futuro governo, permitindo que fosse fotografado um bloco de anotações no qual definia Meloni como "arrogante" e "prepotente".

No entanto, os dois se reuniram na última segunda-feira (17) e selaram a paz na coalizão, que deve assumir oficialmente o governo italiano antes do fim de outubro. (ANSA)

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