O ex-primeiro-ministro da Itália e senador Silvio Berlusconi disse nesta terça-feira (18) que vai ser "conselheiro" da líder de extrema direita Giorgia Meloni, que deve tomar posse como premiê ainda neste mês.
A declaração foi dada no dia seguinte à reunião que selou a paz entre dois dos três pilares da coalizão vencedora das eleições de 25 de setembro, que ainda inclui o senador de ultradireita Matteo Salvini.
"Falei com a senhora Meloni de muitos projetos e das primeiras coisas que precisamos fazer, e ela me pediu para ser seu conselheiro. Eu me coloquei totalmente à disposição", declarou Berlusconi, que governou a Itália de 1994 a 1995, de 2001 a 2006 e de 2008 a 2011.
Em uma dessas gestões, alçou Meloni ao estrelato ao nomeá-la ministra da Juventude (2008-2011), mas agora os papéis se inverteram.
Líder do Irmãos da Itália (FdI), partido mais votado nas últimas eleições, Meloni está prestes a se tornar a primeira mulher premiê no país, porém precisará dos apoios de Salvini e Berlusconi para governar.
No fim da semana passada, ainda antes da posse, já surgiu o primeiro foco de tensão na aliança, com Berlusconi insatisfeito com o espaço de seu partido, o conservador Força Itália (FI), no futuro governo.
O ex-premiê deixou até fotografar um bloco de anotações no qual define o comportamento de Meloni nas negociações como "arrogante e ofensivo", enquanto a líder de extrema direita rebateu que ela não é "chantageável".
Os dois, no entanto, se reuniram na última segunda-feira (17) e prometeram trabalhar unidos para formar o novo governo. (ANSA)
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