A Itália organizou nesta sexta-feira (21), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, um evento para chamar a atenção para o papel crucial das mulheres como mediadoras nos esforços de paz.
A iniciativa ocorreu no contexto da semana sobre "Mulheres, Paz e Segurança" e contou com a parceria da ONU Mulheres e da Rede de Mulheres Mediadoras do Mediterrâneo e Marrocos.
"O evento representou uma homenagem às mulheres mediadoras no campo, mas também uma oportunidade para desencadear uma reflexão crítica sobre os desafios e oportunidades que enfrentamos", disse o embaixador Maurizio Massari, representante permanente da Itália na ONU.
A principal mensagem que surgiu entre os participantes foi que a necessidade de "criar espaços para mulheres no setor de mediação requer investimentos direcionados e maiores recursos para sua formação".
Segundo Massari, "muito foi feito desde a adoção da histórica Resolução 1325, mas as mulheres e meninas continuam a carregar desproporcionalmente o fardo dos conflitos e permanecem sub-representadas ou não representadas nos esforços do processo de paz, apesar de sua contribuição construtiva para a resolução de conflitos".
A medida citada foi aprovada pelo Conselho de Segurança em 2020 e denuncia o impacto da guerra sobre as mulheres e valoriza sua contribuição na resolução de conflitos para uma paz duradoura.
"As mulheres provaram ser extremamente eficazes na proteção de civis, no acesso às comunidades e na construção de relações de confiança com as populações locais, especialmente as mais vulneráveis. A mesma eficácia é demonstrada nos setores de Construção da Paz e Manutenção da Paz", acrescentou o embaixador.
A inclusão das mulheres nos processos de paz é um dos temas prioritários do tradicional compromisso italiano com a ONU pela igualdade de gênero, e por isso a Itália aumentou o apoio financeiro à agência da ONU para as mulheres em 2022, da qual assumirá a vice-presidência do Conselho de Administração em janeiro de 2023.
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