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Governo Meloni vai criminalizar raves 'ilegais' na Itália

Governo Meloni vai criminalizar raves 'ilegais' na Itália

ROMA, 01 novembro 2022, 17:56

Redação ANSA

ANSACheck

Governo Meloni vai criminalizar raves 'ilegais ' na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, sinalizou na última segunda-feira (31) que vai reprimir e criminalizar a realização de festas raves não licenciadas, horas após impedir uma no norte do país.

O novo crime de "invasão para aglomerações perigosas" de mais de 50 pessoas provocaria até seis anos de prisão para os organizadores do evento.

O endurecimento da postura do governo italiano ocorre após uma festa de Halloween ilegal em um armazém abandonado perto de Modena, no último fim de semana, atrair mais de mil pessoas e causar reclamações sobre o barulho de música por 48 horas ininterrupta e o impacto no tráfego na região.

"Mostramos que o Estado não vai fechar os olhos e deixar de agir quando confrontado com a violação da lei", declarou a premiê italiana em entrevista coletiva, acrescentando que seu governo precisa apertar as regras para se alinhar com os vizinhos europeus.

A decisão polêmica provocou hoje (1º) uma troca de alfinetadas entre o novo ministro de Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, e o secretário do Partido Democrático (PD), Enrico Letta.

"O governo retira o primeiro parágrafo do artigo 434 da reforma do Código Penal. É um erro gravíssimo. As raves não têm nada a ver com uma regra semelhante. É a liberdade dos cidadãos que é assim posta em causa. #NoArt434bis", escreveu o ex-premiê da Itália no Twitter.

Já Salvini ressaltou que o PD está "agora em total confusão" e "defende a ilegalidade e a rave abusiva, pedindo ao governo que mude de ideia". "Não! Não há como voltar atrás, as leis são finalmente respeitadas", rebateu.

De acordo com fontes do Ministério do Interior, "a lei anti-rave ilegal diz respeito a um caso obrigatório ligado à conduta de invasão arbitrária de grandes grupos de forma a constituir um perigo para a saúde e segurança pública".

"Uma norma que em nada fere o direito de expressão e a liberdade de expressão consagrados na Constituição e defendidos pelas instituições", acrescentam. (ANSA)

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