Pelo menos duas regiões do sul da Itália desafiaram a decisão do governo da premiê Giorgia Meloni de reintegrar médicos e enfermeiros que não se vacinaram contra a Covid-19.
Na Campânia, o governador Vincenzo De Luca determinou que os profissionais da saúde antivax não tenham contato direto com pacientes de hospitais e prontos-socorros. Já a Puglia anunciou que manterá em vigor uma lei regional que obriga a vacinação contra a Covid e outras 10 doenças para operadores sanitários.
A reintegração de médicos e enfermeiros antivacinas foi uma das primeiras medidas do governo Meloni, líder de extrema direita que sempre criticou ações restritivas para combater a pandemia. Sua justificativa é a carência de trabalhadores da saúde, especialmente em regiões do sul.
"É ridículo querer resolver o problema com os médicos antivax", disse o governador da Puglia, Michele Emiliano, à emissora Sky Tg24. "É uma coisa patética", acrescentou. De acordo com ele, a região contabiliza apenas 10 médicos e uma centena de enfermeiros não vacinados.
No entanto, o Ministério da Saúde já anunciou que vai acionar a Justiça para garantir a reintegração de profissionais da saúde antivacinas na Puglia. (ANSA)
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