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Migrante dá à luz a bordo de navio humanitário no Mediterrâneo

Migrante dá à luz a bordo de navio humanitário no Mediterrâneo

Pequeno Ali e sua mãe foram evacuados para a ilha de Lampedusa

ROMA, 09 dezembro 2022, 10:16

Redação ANSA

ANSACheck

Menino nascido a bordo do navio Geo Barents, de Médicos Sem Fronteiras - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Uma mulher resgatada por um navio humanitário no Mar Mediterrâneo Central deu à luz a bordo da embarcação, que aguarda a designação de um porto seguro para levar os náufragos.

Fatima, 25 anos e originária da África Subsaariana, é uma das 254 pessoas salvas pelo Geo Barents, navio operado pela ONG Médicos Sem Fronteiras, uma das maiores organizações humanitárias do mundo, e teve seu quarto filho, o pequeno Ali, por volta de 11h30 (horário local) da última quarta-feira (7).

Ela havia sido resgatada de um bote inflável com cerca de 90 pessoas a bordo, incluindo seus outros três filhos (um de 11, outro de oito e um terceiro de dois anos de idade), e que arriscava afundar enquanto fazia a perigosa travessia entre o norte da África e o sul da Itália.

Fatima vivia na Líbia havia dois anos e trabalhava como empregada doméstica, enquanto outras mulheres a ajudavam com as crianças, mas ela juntou dinheiro e decidiu tentar a sorte na Europa.

Após o parto em pleno Mediterrâneo, Fatima e seus quatro filhos foram evacuados para a ilha italiana de Lampedusa, porta de entrada para migrantes forçados na União Europeia. "Esperamos que eles recebam a assistência e a proteção adequadas", disse MSF.

Os outros 250 migrantes a bordo do Geo Barents seguem aguardando a designação de um porto seguro para atracar, mas a Itália e Malta, os países europeus mais próximos, ainda não deram autorização.

Desde o início do ano, a Itália já recebeu cerca de 96,8 mil migrantes forçados via Mediterrâneo, um crescimento de 52% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério do Interior.

Já a Organização Internacional para as Migrações (OIM) aponta que quase 1,4 mil pessoas morreram ou desapareceram tentando concluir a travessia em 2022. (ANSA)

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