(ANSA) - O navio Geo Barents, de Médicos Sem Fronteiras (MSF), chegou nesta quarta-feira (4) ao porto de Taranto, no sul da Itália, com 85 migrantes resgatados no Mediterrâneo Central.
Essa foi a primeira operação de socorro concluída após a entrada em vigor do decreto do governo da premiê Giorgia Meloni que restringe a atividade de ONGs humanitárias.
Desta vez, no entanto, os resgates foram feitos sob coordenação do próprio governo italiano. Em um primeiro socorro, o Geo Barents salvou 41 pessoas de um barco à deriva havia três dias. Mais tarde, recebeu 44 indivíduos que tinham sido resgatados por um navio mercantil.
De forma geral, os migrantes apresentam boas condições de saúde, incluindo nove menores de idade desacompanhados. "Foi uma missão bastante intensa", disse Fulvia Conte, coordenadora de operações de socorro de Médicos Sem Fronteiras.
O novo código de conduta para ONGs do Mediterrâneo foi aprovado no fim de dezembro e entrou em vigor à meia-noite da última terça-feira (3).
O texto ordena que as tripulações avisem as autoridades italianas assim que socorrerem um barco em perigo no Mediterrâneo. A partir do momento em que for designado um porto seguro, os navios humanitários são obrigados a navegar para seu destino imediatamente, impossibilitando outros salvamentos.
Além disso, o código de conduta determina que os solicitantes de refúgio sejam informados sobre a possibilidade de pedir proteção internacional no país de bandeira do navio humanitário - no caso de MSF, o Geo Barents está registrado na Noruega.
As ONGs que violarem as normas estão sujeitas a multas de até 50 mil euros e ao confisco do navio. Após a conclusão do desembarque dos 85 migrantes, o Geo Barents já iniciou sua viagem para voltar ao Mediterrâneo. (ANSA)
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