(ANSA) - A gigante italiana de óleo e gás ENI confirmou neste sábado (28) o maior investimento externo registrado pela Líbia nos últimos 25 anos.
O acordo foi firmado pelo CEO da ENI, Claudio Descalzi, e pelo presidente da Corporação Nacional do Petróleo da Líbia (NOC), Farhat Bengdara, na presença da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que visita Tripoli, e do premiê da Unidade Nacional da Líbia, Abdul Hamid Al-Dbeibah.
A iniciativa prevê o desenvolvimento do "Structures A&E", um projeto estratégico que visa aumentar a produção de gás para abastecer o mercado interno da Líbia, bem como garantir a exportação de volumes para a Europa.
Este é o primeiro grande plano desenvolvido no país desde o início de 2000, informou a nota oficial.
O investimento diz respeito a dois campos offshore na costa líbia, com reservas estimadas em 6 trilhões de pés cúbicos. A produção de gás começará em 2026 e atingirá um platô de 750 milhões de pés cúbicos de gás por dia, além de ser assegurada através de duas plataformas principais ligadas às estações de tratamento existentes no complexo de Mellitah.
O projeto inclui ainda a construção de uma instalação de captura e armazenamento de dióxido de carbono (CCS) em Mellitah, que permitirá uma redução significativa da pegada de carbono global, em linha com a estratégia de descarbonização da Eni.
A Eni é o principal produtor internacional de gás na Líbia, com uma cota de 80% da produção nacional. Para a premiê italiana, a assinatura do novo acordo "é um passo histórico muito importante na longa e frutífera colaboração entre a Itália e a Líbia".
"A energia representa uma das contribuições mais significativas que podem ser feitas para a estabilização e crescimento da Líbia. A Eni está presente na Líbia desde 1959, e agradeço a Claudio Descalzi por estar aqui hoje. Ele contribuiu para uma parte importante da história da Líbia nos últimos anos, para o desenvolvimento econômico", declarou Meloni.
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