(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (23) a assinatura do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, mas criticou um documento adicional de Bruxelas que prevê sanções mais duras contra o desmatamento.
"Os acordos comerciais têm que ser mais justos, estou doido para fazer um acordo com a UE, mas a carta adicional que foi feita pela UE não permite que se faça um acordo", declarou o mandatário na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, evento em Paris convocado pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
"Vamos dar uma resposta à carta, mas não é possível que a gente tenha uma parceria estratégica com uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico. Como vamos resolver isso?", questionou.
Lula disse que os países pobres são "exportadores de matéria-prima" e não ficam com os resultados do que produzem, ressaltando a necessidade de mudar essa realidade.
"Você sabe, Macron, que eu considero a UE como patrimônio democrático da humanidade. Após duas guerras mundiais, vocês construíram a UE, conseguiram criar um Parlamento. É algo que eu quero para a América do Sul", enfatizou Lula. (ANSA)
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