(ANSA) - A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, e os premiês da Itália, Giorgia Meloni, e da Holanda, Mark Rutte, visitarão a Tunísia no próximo domingo (16) para discutir um memorando sobre a crise migratória no Mediterrâneo.
Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Dana Spinant, os três devem se reunir com o presidente tunisiano, Kais Saied.
A assinatura desse acordo estava prevista para o fim de junho, mas acabou sendo adiada devido aos atrasos nas negociações.
A iniciativa é impulsionada pela Itália, que deseja fazer a UE aumentar seu apoio financeiro à Tunísia para reduzir os fluxos migratórios irregulares no Mediterrâneo Central.
Bruxelas, no entanto, já adiantou que eventuais repasses só serão liberados se o país africano tratar migrantes e refugiados com "dignidade".
A Itália já possui um acordo para treinar, equipar e financiar a Guarda Costeira da Líbia, outro importante vetor da crise no Mediterrâneo, mas o pacto é alvo de críticas de ONGs e agências humanitárias devido às inúmeras denúncias de violências contra migrantes no país africano.
A Tunísia também é acusada de maus-tratos contra deslocados internacionais, em meio a uma severa crise política e econômica que levou o presidente Saied a dissolver o Parlamento e concentrar o poder em suas mãos.
Segundo o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 74 mil migrantes forçados via Mediterrâneo em 2023, aumento de 134% em relação ao mesmo período do ano passado.
Embora Tunísia e Líbia sejam os pontos de partida dessas viagens, as nacionalidades mais frequentes entre os deslocados são de Costa do Marfim (9 mil), Guiné (8,5 mil), Egito (7,6 mil), Bangladesh (6,5 mil) e Paquistão (6 mil). (ANSA)
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