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Itália freia acordo para pacto europeu sobre migração

Itália freia acordo para pacto europeu sobre migração

Clima entre Roma e Berlim sobre o tema segue tenso

BRUXELAS, 28 setembro 2023, 19:26

Redação ANSA

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Financiamento alemão para ONGs de migrantes causa indignação na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

"Nenhum sinal verde precipitado, o texto precisa ser aprofundado". Após a aprovação do chanceler alemão, Olaf Scholz, ao regulamento sobre gestão de crises, foi a vez da Itália frear o acordo crucial para a finalização do pacto europeu sobre migração e asilo.

A proposta de compromisso apresentada pelos espanhóis convenceu Berlim, mas aparentemente não convenceu Giorgia Meloni.

E em um ponto específico, o que exclui o resgate das ONGs de situações de instrumentalização da migração, corre o risco de enfrentar séria oposição do governo, já que o conflito com a Alemanha sobre as atividades das organizações não governamentais continua muito alto.

O Palazzo Chigi se disse "surpreso" que, exatamente enquanto em Bruxelas ocorria a reunião decisiva para o pacto sobre migrantes, sete navios geridos por ONGs de bandeira alemã estivessem navegando no Mediterrâneo, incluindo quatro na área do mar italiano.

A desaceleração de Roma diminuiu o entusiasmo que, de manhã cedo, se sentia nos corredores da presidência rotativa da UE, atualmente ocupada pela Espanha. Ursula von der Leyen havia pedido explicitamente que houvesse um acordo no mesmo dia.

Na sessão da reunião dedicada à questão, a alemã Nancy Faeser, seguindo as instruções de Scholz, afirmou que Berlim "aceita a proposta de compromisso espanhola". Após ela, Polônia e Hungria reiteraram sua oposição ao texto. A Itália permaneceu em silêncio.

O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, interveio na primeira parte da reunião. "Pedimos mais fundos para os repatriamentos assistidos", explicou o ministro, que, no entanto, não se pronunciou durante a discussão sobre o pacto sobre migrantes.

O Conselho de Assuntos Internos, diante da falta de acordo, terminou antes do previsto.

A comissária Ylva Johansson e o ministro espanhol, em declarações públicas, não apontaram o dedo para a Itália. Eles se mostraram otimistas e satisfeitos com os progressos feitos, enfatizando que "não há grandes obstáculos" ao acordo, que se espera para "os próximos dias".

No entanto, a presidência espanhola alertou: "Os eventos em Lampedusa confirmam que o Pacto sobre migrantes é um desafio que exige esforço, flexibilidade e generosidade de todos" Mas nos corredores de Bruxelas, o otimismo é menos tangível.

A impressão é que apenas um esclarecimento "olho no olho" entre Scholz e Meloni, no próximo encontro em Granada, na semana que vem, pode desbloquear o impasse. E, de qualquer forma, sem Berlim ou Roma, o acordo não se sustenta.

Agora, os holofotes estão voltados para Granada e para o Conselho de Assuntos Internos do Luxemburgo, nas últimas tentativas de alcançar um acordo até o final do ano.
   

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