(ANSA) - O congresso do Partido Popular Europeu (PPE) aprovou nesta quinta-feira (7) a indicação de Ursula von der Leyen à reeleição para o comando do Poder Executivo da União Europeia.
O aval contou com ampla maioria, mas não foi unânime. Houve 499 votos, sendo 489 válidos, entre 400 favoráveis e 89 contrários.
Em seu discurso de candidatura, von der Leyen disse que o bloco “nunca esteve tão ameaçado pelos populistas”.
“Nós acreditamos na dignidade de cada ser humano e é por isso que combateremos nesta eleição. E hoje isso é mais importante do que nunca. Hoje os amigos do [presidente russo, Vladimir] Putin estão semeando ódio”, declarou.
“A nossa Europa pacífica e unida nunca foi tão ameaçada pelos extremistas e pelos populistas, de extrema-direita ou extrema-esquerda, de partidos como o Rassemblement Nationale (Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, na França) ou AFD (Alternativa para a Alemanha), acrescentou.
“A Europa unida está desafiada por nacionalistas, populistas, demagogos. Os nomes podem ser diferentes, mas os objetivos são parecidos. E nós do PPE não permitiremos. A Europa unida move montanhas, como aconteceu pelas vacinas contra a Covid”, disse ainda.
Em seu discurso, von der Leyen também falou sobre migração: “É a Europa que decide quem entra ou quem não pode entrar, não são os traficantes [de pessoas] que decidem. Prosperidade, segurança, democracia, isso importa às pessoas e é disso que cuidaremos”.
Voltando a citar Putin, ela responsabilizou o presidente russo pela morte do opositor Alexei Navalny no cárcere, e disse que ele “está destruindo seu país para se salvar”: “Não há dúvidas, a Europa estará ao lado da Ucrânia enquanto for necessário. A Rússia está destruindo edifícios e infraestruturas, mas não matou o sonho de uma Ucrânia democrática e na Europa”.
Sobre o tema da Defesa, a presidente da Comissão Europeia defendeu que é preciso “gastar mais e melhor”, e prometeu nomear um comissário especializado no tema.
Ela ainda disse que o “green deal europeu” precisa ser pragmático, e não ideológico, e prometeu que o PPE ficará ao lado dos agricultores, que reivindicam mudanças nas normas europeias.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA