(ANSA) - Após o primeiro dia de reunião do Conselho Europeu nesta quinta-feira (21), o presidente da instituição, Charles Michel, anunciou uma "declaração forte e unificada dos líderes da UE sobre o Oriente Médio".
"A UE está pedindo uma pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável", escreveu, através do X (antigo Twitter).
Na declaração de conclusão da cúpula, lê-se que "o Conselho Europeu insta o governo israelense a não empreender uma operação terrestre em Rafah": "Uma operação desse tipo pioraria a já catastrófica situação humanitária e não permitiria a entrega urgente de serviços básicos e assistência humanitária".
Já sobre o conflito no leste europeu, o comunicado diz: "o Conselho Europeu examinou os progressos feitos em relação aos próximos passos concretos para direcionar as receitas extraordinárias provenientes dos ativos imobilizados da Rússia em benefício da Ucrânia, incluindo a possibilidade de financiar apoio militar. Insta o Conselho a continuar trabalhando nas recentes propostas".
A reunião continuará nesta sexta-feira (22), em Bruxelas.
Bósnia-Herzegovina
O Conselho Europeu decidiu abrir as negociações de adesão da Bósnia-Herzegovina ao bloco. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (21) pelo presidente do Conselho, Charles Michel, através do X (antigo Twitter).
"Parabéns! Seu lugar está em nossa família europeia. A decisão de hoje representa um passo fundamental em seu caminho para a UE. Agora, o trabalho árduo deve continuar para que a Bósnia-Herzegovina avance constantemente, como deseja o seu povo", escreveu.
A decisão de iniciar as negociações de adesão encontrou forte oposição de um grupo de Estados-membros, incluindo Holanda, Dinamarca, França e Estônia, que consideraram os progressos alcançados até agora pelo país balcânico no caminho europeu ainda limitados.
O grupo de "Amigos dos Balcãs", que reúne países como Itália, Áustria, Hungria e Eslovênia, por outro lado, acelerou o avanço de Sarajevo no processo de integração.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, parabenizou o país: "Parabéns ao povo da Bósnia e Herzegovina! A decisão de hoje de iniciar as negociações de adesão representa um passo importante para aproximar o país da UE. Uma UE ampliada equivale a uma UE mais forte".
O governo italiano manifestou, em nota, grande satisfação: "A Itália continuará a encorajar e apoiar o governo bósnio a prosseguir com determinação o processo de reformas iniciado. Com esta decisão, a União Europeia envia uma mensagem clara e inequívoca não apenas para Sarajevo, mas para todos os Bálcãs Ocidentais".
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