O nome do ex-premiê da Itália e ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi ganhou força para chefiar o poder Executivo da União Europeia.
O bloco vai às urnas no início de junho para renovar o Europarlamento, cuja composição determinará também os novos integrantes da Comissão Europeia, hoje presidida por Ursula von der Leyen, candidata à reeleição.
No entanto, a alemã enfrenta resistência de diversos grupos políticos e por diferentes motivos, que vão desde os programas de descarbonização da UE até ultrapassar os limites de seu cargo em questões de política externa.
Segundo a agência Bloomberg, o presidente da França, Emmanuel Macron, está em contato com outros líderes europeus, incluindo a premiê da Itália, Giorgia Meloni, sobre a possibilidade de colocar um nome mais "técnico" no comando da Comissão Europeia, como Mario Draghi, que deve apresentar nos próximos meses um relatório sobre a competitividade do bloco.
O ex-premiê italiano foi elogiado recentemente por governantes europeus, como o premiê da Hungria, Viktor Orbán, de extrema direita, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, de centro-direita.
Na semana passada, o próprio Macron definiu Draghi como um "amigo formidável", mas evitou alimentar especulações sobre uma possível indicação para a Comissão Europeia. "As nomeações devem ser feitas após as eleições, primeiro é preciso convencer os cidadãos sobre os programas", disse o mandatário francês.
Com 76 anos, Draghi presidiu o Banco Central Europeu entre 2011 e 2019 e deixou o cargo reconhecido como o salvador do euro na maior crise da história da moeda comum. Entre fevereiro de 2021 e outubro de 2022, foi premiê da Itália em um governo de união nacional durante a pandemia de Covid-19. (ANSA)
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