Ao menos 1,2 mil agricultores e 500 tratores participaram nesta terça-feira (4) da manifestação promovida em Bruxelas pela organização holandesa próxima da extrema-direita "Farmers Defence Force" para protestar contra a política agrícola da União Europeia, poucos dias antes das eleições para o Parlamento Europeu.
"Não a Ursula von der Leyen e não ao Acordo Verde". Esta é a mensagem lançada pela associação agrícola holandesa no palco do protesto em andamento no parque de Heysel, em Bruxelas, onde foram lançados muitos fogos de artifício pelos agricultores.
De acordo com a polícia de Bruxelas, a participação foi muito inferior aos 5 mil veículos esperados pela Farmers Defence Force. Agricultores e políticos revezaram-se no parque adjacente ao icônico Atomium, um dos símbolos da capital belga.
Pela manhã, várias centenas de tratores holandeses cruzaram a fronteira belga formando uma procissão que se estendeu por mais de 8 quilômetros. Os veículos são adornados com bandeiras nacionais, símbolos das Forças de Defesa dos Agricultores e sinais de protesto contra o Acordo Verde e as políticas da UE.
A Itália é representada por uma delegação de agricultores, liderada por Salvatore Fais e Guido Marini, com cerca de dez tratores. Não houve tensões entre os manifestantes e a polícia.
Segundo os italianos, Von der Leyen "e os seus amigos com bons laços tentaram de todas as formas nos escravizar, mas não desistimos". "Nos próximos dias o futuro da Europa estará decidido e temos o dever de dar um sinal forte. Queremos uma política que não pense no terno e na gravata, mas que tenha as mãos sujas do nosso trabalho", afirmou Fais.
O agricultor italiano destacou ainda que a UE acusou todos de "poluir a terra, os seus céus, as suas cidades" e disse "para produzir menos, impôs uma concorrência desleal e ilimitada, obrigou a fazer parte de uma Europa". "Agricultores europeus, só juntos podemos mudar o nosso destino, unidos venceremos", concluiu Fais.
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