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'Sem reequilíbrio, não há apoio a acordo Mercosul-UE', diz Meloni

'Sem reequilíbrio, não há apoio a acordo Mercosul-UE', diz Meloni

Premiê italiana alertou sobre riscos para setor agrícola

ROMA, 17 de dezembro de 2024, 09:07

Redação ANSA

ANSACheck
Giorgia Meloni discursa na Câmara dos Deputados - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Giorgia Meloni discursa na Câmara dos Deputados - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A premiê da Itália, Giorgia Meloni, disse nesta terça-feira (17) que apoiará o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia apenas se houver um "reequilíbrio" entre os dois blocos e citou preocupações sobre os efeitos no setor agrícola.
    Em audiência na Câmara dos Deputados em vista da reunião do Conselho Europeu de 19 de dezembro, a primeira-ministra afirmou que o governo está "estudando" o tratado e vai "tomar o tempo que for necessário" para avaliar se seus pedidos "serão atendidos".
    "Sem reequilíbrio, não há apoio ao acordo com o Mercosul", destacou Meloni no Parlamento.
    A premiê disse defender o aumento dos investimentos na América Latina, um "continente muito similar à Itália" e que a Europa "arrisca abandonar a atores globais não ocidentais", mas alertou que agricultores "frequentemente pagam o preço mais caro porque outros países não respeitam os mesmos padrões alimentares" que a UE impõe a seus produtores.
    "O acordo deve oferecer garantias concretas e oportunidades de crescimento também para o setor agrícola europeu", salientou.
    A conclusão das negociações entre Mercosul e UE foi anunciada em 6 de dezembro, e o tratado passará agora pelo processo de revisão legal e tradução, antes de ser submetido à assinatura das partes, o que deve levar cerca de um ano.
    Após essa etapa, o acordo precisará ser ratificado pelos dois blocos. Na UE, será necessário o aval do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia, órgão formado por ministros dos 27 Estados-membros. Neste último, o pacto poderá ser barrado se encontrar a oposição de pelo menos quatro países que contemplem no mínimo 35% da população do bloco.
   

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