O papa Francisco confessou nesta sexta-feira (25) que "roubou" o crucifixo do rosário de um padre falecido quando ele era sacerdote em Buenos Aires.
A revelação foi feita durante uma audiência com membros da Penitenciária Apostólica, tribunal supremo da Igreja Católica, que foi dedicada ao tema da confissão.
Em determinado momento, o pontífice lembrou de um padre que era o confessor de "todo o clero de Buenos Aires" e que morreu aos 93 anos de idade.
"Quando eu era padre provincial, me confessava com ele para não me confessar com um jesuíta para que eles não soubessem das coisas", disse Francisco, primeiro papa proveniente da Companhia de Jesus.
Segundo Jorge Bergoglio, ele entrou na igreja onde acontecia o velório do sacerdote e viu que não havia nenhuma flor no caixão. "Saí, comprei algumas flores e voltei. Quando estava arrumando as flores, vi o rosário, tive uma grande tentação e acabei caindo. Roubei o crucifixo do rosário dele. Ele se foi sem o crucifixo", contou.
"Naquele momento, eu disse: 'Dê-me metade da sua misericórdia'. Pedi aquela graça e carrego aquela cruz aqui dentro, sempre comigo. Peço ao Senhor que me dê misericórdia", acrescentou.
O Papa concluiu a audiência solicitando orações para si. "Hoje eu também preciso me confessar", afirmou. (ANSA)
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