O papa Francisco telefonou na manhã desta terça-feira (22) para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Em seu perfil no Twitter, o mandatário disse ter falado sobre a "difícil situação humanitária e o bloqueio de corredores de resgate pelas tropas russas". "O papel de mediação da Santa Sé para encerrar o sofrimento humano seria estimado", declarou.
Pouco depois, em discurso em vídeo para o Parlamento da Itália, Zelensky também afirmou ter ouvido "palavras muito importantes" de Francisco. "Eu contei a ele que nosso povo se tornou o Exército", revelou.
Já o embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, escreveu no Twitter que esse é mais um "gesto visível de apoio" do líder católico. "Há apenas alguns minutos, o santo padre ligou para o presidente Volodymyr Zelensky, e eles tiveram uma conversa muito promissora", contou o diplomata.
"O Papa disse que está rezando e fazendo todo o possível pelo fim da guerra; a Ucrânia reiterou que sua santidade é o visitante mais esperado", acrescentou.
O pontífice já condenou a invasão à Ucrânia em diversas ocasiões e se negou a aceitar a narrativa russa de que trata-se apenas de uma "operação especial", chamando sempre o conflito de "guerra". Além disso, denunciou o "massacre" da população civil e a transformação de cidades ucranianas em "cemitérios".
Em uma carta datada de 8 de março, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, chegou a convidar Jorge Bergoglio para visitar a capital, afirmando que a presença de "líderes religiosos mundiais" seria crucial para "salvar vidas humanas e abrir caminho para a paz".
Em declaração à ANSA nesta terça, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, não descartou a hipótese de uma viagem do Papa a Kiev. "Não sou capaz de dizer. Eles dizem que podem garantir a segurança, e sei que o presidente Macron irá, talvez também Johnson", afirmou. (ANSA)
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