O papa Francisco voltou a fazer um apelo pelas "guerras esquecidas" que acontecem há anos no mundo e que não têm solução aparente durante um encontro nesta quinta-feira (13) com os jornalistas da revista católica "Mondo e Missione" do Pontifício Instituto de Missões Exteriores (Pime).
"É preciso usar todas as maneiras para contar o mundo colocando-se do lado de quem não tem o direito da palavra ou não é escutado, dos mais pobres, das minorias oprimidas, das vítimas das guerras esquecidas. Isso quero destacar: as guerras esquecidas", afirmou.
"Hoje todos estamos preocupados, e é bom que seja assim, com a guerra aqui na Europa, às portas da Europa e na Europa, mas há anos há guerras... mais de 10 anos na Síria, pensem no Iêmen, em Myanmar, pensem na África. Essas nunca entram, não são da Europa culta... as guerras esquecidas são um pecado, é um pecado esquecê-las assim", disse o líder católico.
O pontífice ainda ressaltou a importância das chamadas "periferias" do mundo e disse que hoje há as "periferias geográficas e existenciais, que, em um mundo onde aparentemente as distâncias na comunicação foram diminuídas, elas continuam à margem".
"As distâncias foram diminuídas, é verdade, mas os 'discursos' ideológicos se multiplicaram. Agora vocês têm ainda mais um desafio que é ir até ali para fazer que todos conheçam a beleza e a riqueza das diferenças, mas também as tantas distorções e injustiças de sociedades cada vez mais hiperconectadas e, ao mesmo tempo, marcadas por pesadas desigualdades", acrescentou.
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