O papa Francisco se reuniu nesta sexta-feira (9) com representantes do Movimento Cristão dos Trabalhadores e cobrou que ninguém seja excluído do mundo do trabalho por conta de seu status social, gênero ou idade.
"O trabalho atravessa uma fase de transformação que deve ser acompanhada. As desigualdades sociais, as formas de escravidão e de exploração, a pobreza familiar por causa da falta de emprego ou de um emprego que paga mal são realidades que devem encontrar acolhida nos nossos ambientes eclesiais. Exorto que mantenham as mentes e os corações abertos aos trabalhadores, sobretudo se pobres ou indefesos. Ninguém deve se sentir excluído do trabalho", disse aos presentes durante audiência privada.
Aos representantes do grupo que completa 50 anos de fundação, o líder católico ainda pediu que "não falte empenho para promover o trabalho feminino, para favorecer a entrada de jovens no mercado, com contratos dignos e não de fome".
O pontífice ainda afirmou que é "tempo de semear novamente" porque as recentes crises globais recentes, como a pandemia de Covid-19 e a guerra da Rússia na Ucrânia, "criaram um clima social mais sombrio e pessimista".
"Essa nova terceira guerra mundial em andamento nos faz conscientes de que a renovação do mundo nasce de baixo, onde se vivem relações com solidariedade e confiança. Não deixemos que roubem a coragem de novos inícios de reconciliação e de fraternidade", ressaltou ainda.
O Papa ainda pediu, por mais de uma vez, que sejam "caçadas" todas as formas de "exploração de trabalhadores" e solicitou que todos falem "as coisas por seus nomes" quando veem esse tipo de situação - sendo aplaudido pelos presentes.
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