(ANSA) - O papa Francisco não será convocado para depor no Tribunal do Vaticano no caso que investiga um escândalo financeiro sobre a gestão de fundos da Secretaria de Estado, informa o presidente da Corte, Giuseppe Pignatone, nesta quinta-feira (26).
A decisão foi anunciada na 45ª audiência do julgamento durante a leitura dos nomes indicados pela acusação e pela defesa que foram admitidos. Entre os anunciados, está o substituto para os Assuntos Gerais, monsenhor Edgar Pena Parra.
Nesse caso, o tribunal se reservou ao direito de convocar o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, após o depoimento de Parra ser realizado e caso seja necessário.
Também foram convocados o presidente do Instituto para Obras da Religião (IOR), Jean-Baptiste de Franssu, e o irmão do cardeal Angelo Becciu, Antonino.
O religioso é um dos principais acusados do processo que investiga a compra de um prédio de alto luxo em Londres, quando Becciu ocupava a posição de número 2 da poderosa Secretaria de Estado, entre os anos de 2011 e 2018. A suspeita é de que dinheiro que deveria ir para o Óbolo de São Pedro, órgão para a caridade da Igreja Católica, foi desviado para a compra.
Além disso, Becciu também responde a um processo por desvio de verba da Cooperativa Spes - braço operacional em Ozieri da ONG Católica Cáritas - para parentes e amigos. O responsável pela organização na localidade é o próprio Antonino Becciu.
Os dois casos estão andando de maneira conjunta no processo liderado por Pignatone.
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