(ANSA) - "Sem a busca pela paz, a lógica da guerra apenas cresce." Essas foram as palavras escolhidas pelo cardeal italiano Matteo Zuppi para definir sua missão como enviado do papa Francisco às capitais ucraniana, Kiev, e russa, Moscou, em meio à guerra entre os dois países.
Em entrevista ao presidente do think tank Osservatorio Riparte L'Italia, Luigi Balestra, o religioso falou sobre as duas visitas. "Trata-se de um conflito terrível e perigosíssimo.
Há diversas formas de resolução de conflitos, esse foi o espírito da nossa missão. Falamos da paz, objetivo que deve ser compartilhado por todos".
Questionado, Zuppi, que também é presidente da Conferência Episcopal Italiana, esclareceu o papel do Vaticano: "A Igreja tradicionalmente não media se isso não for solicitado pelas duas partes. O objetivo era levar uma mensagem de paz e de escutar, encorajar e, se necessário, assumir responsabilidades".
"A guerra e a emergência climática devem ser observadas, como o papa Francisco destacou, assim como os fenômenos pandêmicos, que geram desigualdades sociais ainda mais profundas", disse o cardeal Zuppi. "Para escapar disso, além da consciência, é necessária a colaboração de todos, assim como ocorreu no caso do rápido desenvolvimento de vacinas", acrescentou.
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