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Enviado do Papa discutirá Ucrânia com representante chinês

Enviado do Papa discutirá Ucrânia com representante chinês

PEQUIM, 13 setembro 2023, 11:31

Redação ANSA

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Cardeal viajará para China por três dias - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O presidente da Conferência Episcopal Italiana e enviado do Vaticano, cardeal Matteo Zuppi, se reunirá com o representante especial do governo chinês para assuntos eurasiáticos, Li Hui, durante sua missão de três dias a Pequim para discutir a guerra na Ucrânia.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa.

"Sobre a questão da Ucrânia, a China continua empenhada em promover conversações de paz e está disposta a trabalhar com todas as partes para continuar a desempenhar um papel construtivo na promoção da redução das tensões e do esfriamento da situação", declarou Mao.

Desde o início da guerra russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a China adotou uma postura de "neutralidade" e se absteve de condenar Moscou e fornecer cobertura diplomática, embora sua posição oficial é conseguir um cessar-fogo e uma solução política para a crise.

O Ministério das Relações Exteriores não divulgou outros detalhes da visita que acontece em meio a turbulências nas relações entre o Papa e a Ucrânia, após o argentino ter feito menção à "grande mãe Rússia" em um discurso recente para jovens.

Até agora, Zuppi já passou por Kiev, Moscou e Washington para identificar iniciativas que possam abrir caminhos para a paz no território ucraniano.

Receber um enviado papal de alto nível é visto como uma medida significativa, dado os laços frios de Pequim com a Santa Sé e tendo em vista que o Vaticano possui relações bilaterais com Taiwan e é o único Estado da Europa a reconhecer Taipé, cuja China considera parte integrante do seu território.

Os laços sino-vaticanos têm passado por momentos de forte turbulência também devido a divergências sobre as nomeações de bispos na China. O Vaticano reclama que Pequim nomeou bispos unilateralmente várias vezes, violando um pacto histórico de 2018.
   

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