(ANSA) - O papa Francisco completa 11 anos de pontificado nesta quarta-feira (13) em um aniversário marcado pela dor das guerras que atingem o mundo, como a da Ucrânia e do Oriente Médio, e por incessantes apelos pela paz.
Aos 87 anos de idade, o argentino é um dos Pontífices mais longevos e tem feito diversas orações em prol de um cessar-fogo nos conflitos atuais, além de reiterar sua proximidade com os povos afetados e de invocar a paz e a coragem da negociação para encerrar a "loucura" da guerra.
A comemoração também ocorre no contexto da recente controvérsia entre Jorge Bergoglio e a Ucrânia, país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022.
Recentemente, o líder da Igreja Católica usou a imagem de uma bandeira branca em uma entrevista à Rádio Télévision Suisse (RTS) para apelar a Kiev para ter "coragem" de negociar para acabar com a guerra deflagrada pelo regime de Vladimir Putin ao território ucraniano.
A declaração, porém, causou polêmica e o governo de Volodymyr Zelensky destacou que "o seu país nunca levantaria qualquer bandeira que não fosse a bandeira nacional em amarelo e azul".
"Nossa bandeira é amarela e azul. Esta é a bandeira com a qual vivemos, morremos e vencemos. Nunca levantaremos nenhuma outra bandeira", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
Além disso, a Ucrânia convocou o enviado do Vaticano ao país, o núncio apostólico Visvaldas Kulbokas, em um gesto de repúdio à declaração de Jorge Bergoglio.
Hoje, a embaixada da Rússia junto à Santa Sé, por sua vez, expressou os seus melhores votos ao Papa no 11º aniversário da sua eleição para o papado.
Em uma publicação no X, a sede diplomática descreveu o religioso como "um verdadeiro defensor do humanismo, da paz e dos valores tradicionais".
"O Papa é um dos poucos líderes com uma perspectiva verdadeiramente estratégica sobre os problemas mundiais", concluiu.
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