A investigação canônica preliminar ordenada pelo papa Francisco sobre uma acusação anônima contra o cardeal canadense Gérald Lacroix, arcebispo de Quebec, não encontrou nenhuma evidência "que constitua má conduta ou abuso" por parte do religioso, informou a Santa Sé nesta terça-feira (21).
Segundo a Sala de Imprensa do Vaticano, o relatório da investigação realizada pelo juiz foi concluído em 6 de maio de 2024 e entregue ao Pontífice nos dias seguintes.
"À luz dos fatos examinados pelo juiz, o relatório não identifica nenhuma ação que constitua comportamento negativo ou abuso por parte do cardeal. Por esta razão, não está previsto um procedimento canônico mais aprofundado", diz a nota.
Desta forma, Jorge Bergoglio autorizou o "juiz Andrés Denis a emitir uma declaração resumindo os elementos da sua investigação e autorizou-o também a responder a quaisquer perguntas a este respeito".
"O Pontífice expressa profundo agradecimento ao juiz André Denis por ter cumprido, no prazo previsto, o mandato que lhe foi confiado e que cumpriu com imparcialidade no âmbito da ação coletiva movida contra a Arquidiocese de Quebec", acrescentou.
Em janeiro passado, o cardeal e arcebispo de Quebec, de 66 anos, foi acusado por uma mulher anônima de tê-la abusado entre 1987 e 1988, quando ela tinha 17 anos. O caso fazia parte de uma ação coletiva contra 15 pessoas da diocese.
Francisco determinou a abertura de uma investigação canônica preliminar para esclarecer as acusações no dia 8 de fevereiro.
Em uma mensagem de vídeo, publicada no site da diocese, Lacroix negou "categoricamente as acusações tornadas públicas": "Nunca, que eu saiba, pratiquei ações inadequadas contra ninguém, sejam menores ou adultos. Minha alma e minha consciência estão em paz diante dessas acusações que refuto".
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