O papa Francisco ressaltou a necessidade de não excluir as pessoas marginalizadas do progresso social nesta quinta-feira (12), durante seu primeiro dia de compromissos oficiais em Singapura.
Em discurso para autoridades locais, o líder da Igreja Católica pediu que os governantes do país deem atenção especial aos "pobres e idosos, cujo trabalho lançou as bases do país que conhecemos hoje, e que haja proteção à dignidade dos trabalhadores migrantes, que contribuem grandemente para a construção da sociedade e que devem ter a garantia de um salário justo".
Francisco, que fez referência à enorme desigualdade social que assola o país, cuja metrópole futurista abriga a maior concentração de milionários do planeta, lembrou que "eles [os prédios altamente modernos da Cidade-Estado de Singapura] são um testemunho claro da engenhosidade humana, do dinamismo da sociedade singapurense e da perspicácia do espírito empreendedor, que aqui encontraram terreno fértil para se expressar". Em seguida, o Papa acrescentou que o país, que prosperou economicamente e hoje abriga o quarto maior centro financeiro do mundo, também precisa trabalhar para construir "uma sociedade na qual a justiça social e o bem comum sejam tidos em alta consideração", já que grande parte da população local vive abaixo da linha de pobreza.
"Acredito na dedicação de vocês [autoridades] quanto à melhoria das condições de vida dos cidadãos através de políticas públicas de habitação, de uma educação de qualidade e de um sistema de saúde eficiente. Espero que estes esforços continuem até envolver plenamente todos os singapurenses", reforçou Jorge Bergoglio.
A visita a Singapura encerra a missão especial do pontífice à Ásia e Oceania, após passagens por Indonésia, Papua-Nova Guiné e Timor-Leste. Nesta sexta-feira (13), ele retorna ao Vaticano após 12 dias de viagem.
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