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Roma pode limitar acesso à Fontana di Trevi contra mergulhos

Roma pode limitar acesso à Fontana di Trevi contra mergulhos

Prática está sujeita a multa de 450 euros e banimento da cidade

ROMA, 29 julho 2023, 11:12

Redação ANSA

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Mergulho ilegal gera multa e banimento - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O secretário de Turismo de Roma, Alessandro Onorato, sinalizou para a possibilidade de restringir o acesso de visitantes à Fontana di Trevi para coibir mergulhos ilegais no monumento histórico.

"É um espetáculo indecente, pura barbárie. Chegou o momento de colocar limites. Contamos com a ajuda concreta dos ministérios da Cultura e do Interior", afirmou.

Uma das principais propostas é a de limitar o número de visitantes na parte mais interna das escadas que levam à fonte, embora o entorno fique lotado, especialmente nas épocas de maior afluência turística, como no verão europeu, entre junho e setembro.

A medida começou a ser discutida após a última quinta-feira (27), quando um homem foi filmado mergulhando à noite, sob aplausos dos presentes.

A penalidade para a prática é pesada, incluindo uma multa de 450 euros (R$ 2,3 mil) e o banimento da cidade, a chamada "Daspo urbana".

Ainda assim, a prática não chega a ser incomum entre turistas, seja por brincadeira, desinformação, calor ou em busca de 15 minutos de fama.

No mês passado, por exemplo, um policial precisou entrar na água para remover uma mulher e acabou sendo agredido por ela.

A prática também tem uma origem artística, a partir de uma cena do clássico do cinema "La Dolce Vita" (A Doce Vida, em português), de Federico Fellini, em que a personagem Sylvia, de Anita Ekberg, também se banha na Fontana.

Para o secretário de Turismo, a prática causa publicidade negativa para a cidade de Roma e representa um risco concreto para monumentos de valor incalculável: "Não é tolerável que o enésimo turista prejudique o patrimônio histórico-cultural de nossa cidade e ignore nossas leis. Devemos estudar as soluções mais adequadas".

"As multas, vigilâncias, processos e pedidos já não adiantam.

Os turistas não podem fazer o que quiserem impunemente, precisamos de respeito e precisamos preservar verdadeiramente os lugares mais preciosos do mundo. Esse não é o turismo que merecemos e precisamos", concluiu Onorato.
   

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