O governo do Irã negou nesta segunda-feira (30) que planeje mandar tropas para combater contra Israel ao lado dos grupos fundamentalistas Hamas e Hezbollah na Faixa de Gaza e no Líbano, respectivamente.
"Não há necessidade de enviar forças extras ou voluntárias da República do Irã", declarou um porta-voz do ministro das Relações Exteriores de Teerã, Nasser Kanaani.
Segundo a pasta, tanto o Hamas quanto o Hezbollah possuem "capacidade e força para se defender contra as agressões".
O Irã é tido como principal financiador do Hezbollah, grupo xiita que perdeu seu líder, Hassan Nasrallah, em um ataque israelense no fim da semana passada, ação realizada com uma bomba guiada de fabricação americana.
Israel também reivindicou nesta segunda-feira a morte do chefe do Hamas no Líbano, Fateh Sherif Abu el-Amin, em meio a bombardeios que já fizeram centenas de vítimas no país.
"Sherif era responsável pela coordenação das atividades terroristas do Hamas no Líbano com agentes do Hezbollah", diz um comunicado das Forças de Defesa Israelenses (IDF).
Enquanto isso, o premiê libanês, Najib Mikati, afirmou que o governo está pronto a deslocar tropas para o sul do país, em meio a temores de uma incursão terrestre por parte de Israel, mas reiterou que está empenhado em um cessar-fogo.
As IDF também lançaram na última madrugada o primeiro ataque aéreo contra o centro de Beirute desde o início da ofensiva - até agora, os alvos eram o sul do Líbano, o Vale do Beqaa e os subúrbios da capital, bastião do Hezbollah. Pelo menos quatro pessoas morreram nos bombardeios desta segunda.
Em discurso na TV, o número 2 do grupo xiita, Naim Qassem, disse que o movimento está pronto para enfrentar Israel no campo de batalha e nomeará um novo secretário-geral para o lugar de Nasrallah "o quanto antes".
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