A inflação na Itália fechou o mês de dezembro de 2021 no maior valor em mais de 13 anos, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Segundo o órgão, o Índice Nacional de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) acumulou alta de 0,4% na comparação com novembro e de 3,9% em relação a dezembro de 2020, maior índice desde agosto de 2008 (4,1%).
A disparada é puxada sobretudo pelos preços de energia, que apresentaram crescimento de 29,1% em dezembro na comparação anual - em novembro, no entanto, essa taxa foi um pouco maior: 30,7%.
Ainda de acordo com o Istat, a inflação média no país em 2021 foi de 1,9%, maior cifra desde 2012 (3,0%), contra a deflação de 0,2% registrada em 2020.
"O aumento dos preços, unido à rápida expansão da epidemia, arrisca queimar a retomada em curso", comentou a associação comercial Confesercenti. "É preciso monitorar as dinâmicas com atenção, porque se houver expectativas negativas a inflação pode se retroalimentar e se propagar para todos os setores", acrescentou.
A alta no custo da energia já fez o governo de Mario Draghi aprovar uma Lei Orçamentária para 2022 que autoriza o parcelamento em até 10 vezes das contas de luz e gás relativas ao período entre janeiro e abril.
No entanto, partidos da base aliada cobram a destinação de mais recursos para ajudar as famílias a arcar com o aumento dos preços nas contas de consumo. (ANSA)
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