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Roteiro inédito de Michelangelo Antonioni vai virar filme pelas mãos de brasileiro

Roteiro inédito de Michelangelo Antonioni vai virar filme pelas mãos de brasileiro

História de 'Tecnicamente Doce' une Sardenha e Amazônia

SÃO PAULO, 30 setembro 2023, 17:17

Redação ANSA

ANSACheck

Michelangelo Antonioni foi um dos grandes nomes do cinema italiano (Foto: ETH-Bibliothek Zürich, Bildarchiv, via Wikimedia Commons)

Um roteiro deixado pelo cineasta italiano Michelangelo Antonioni, morto em 2007, aos 94 anos, sairá do papel pelas mãos do diretor brasileiro André Ristum, em uma história que vai da Sardenha à Amazônia.

O script de "Tecnicamente Doce" foi escrito por Antonioni no fim dos anos 1960, antes do clássico "Profissão: Repórter", e fala sobre a relação abusiva do ser humano com a natureza, tema cada vez mais em voga devido à crise climática no planeta.

Em entrevista à ANSA, Ristum conta que já ouviu de Enrica Antonioni, viúva do cineasta, que esse roteiro foi "o que ele mais quis fazer". "Antonioni chegou a realizar viagens de pré-produção e a ver locações na Amazônia brasileira e peruana, mas, devido a dificuldades técnicas na época, o produtor Carlo Ponti não conseguiu encarar", diz.

O diretor italiano desistiu de gravar o filme em meados dos anos 1970 e, pouco depois, conheceu o pai de Ristum, o jornalista Jirges Ristum, que vivia como exilado da ditadura militar no Reino Unido e depois na Itália.

Jirges se tornou assistente e amigo pessoal de Antonioni, que ofereceu a ele o roteiro de "Tecnicamente Doce" para ser seu primeiro longa. O jornalista voltou ao Brasil nos anos 1980, depois da anistia, para tentar colocar o projeto de pé, mas foi diagnosticado com leucemia e morreu em 1984, quando seu filho tinha 12 anos de idade.

"Quando decidi trabalhar com cinema, eu disse: 'Um dia vou ter a cara de pau de bater na casa do Antonioni e pedir para filmar esse roteiro", conta o cineasta.

Ristum cultivou essa ideia enquanto amadurecia na carreira, mas o sonho só começaria a se tornar realidade 10 anos após a morte de Antonioni. Decidido a gravar "Tecnicamente Doce", o diretor procurou Enrica, contou toda a história e propôs finalmente levar o roteiro para as telonas. "Ela falou que tinha um carinho especial por esse roteiro, já tinham pedido para comprar e ela nunca tinha cedido, mas naquele dia ela sentiu que esse roteiro iria sair do papel", afirma o cineasta.

As dificuldades de financiamento para o cinema durante o governo Bolsonaro atrasaram o projeto, mas as portas se reabriram em 2023, e a ideia de Ristum é filmar entre o fim de 2024 e o início de 2025, como uma coprodução entre Brasil e Itália e com a participação de Enrica Antonioni como associada.

Pelo lado brasileiro, os produtores são Caio Gullane, Fabiano Gullane e André Novis, da Gullane Entretenimento, e pelo italiano, Marta Donzelli e Gregorio Paonessa, da Vivo Film.

"Hoje acho que estou no momento ideal para abraçar essa história", conta Ristum, que reconhece o "grande desafio" de encarar um material deixado por um dos gênios do cinema italiano.

O diretor brasileiro, que já foi assistente de outro peso pesado da sétima arte, Bernardo Bertolucci, teve acesso a um farto material de anotações sobre como Antonioni enxergava a história, mas garante que a produção terá uma "visão autoral". "Estou sendo guiado pelo Michelangelo, mas é um filme do André Ristum", diz.

Em breve, os cinéfilos poderão sentir um gostinho do que está por vir, com a leitura do roteiro de "Tecnicamente Doce" na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece entre 19 de outubro e 1º de novembro e, neste ano, exibirá uma retrospectiva dedicada a Antonioni.

A história original se passa nos anos 1960, na Sardenha, que começava a conviver com a profusão de empreendimentos imobiliários na Costa Esmeralda. Nesse cenário em que o ser humano subjuga a natureza, dois personagens italianos viajam à Amazônia, onde o meio ambiente ainda prevalecia sobre o homem.

O trio de protagonistas é completado por uma personagem brasileira, porém o script passou por adaptações para torná-lo mais atual. "Esse novo tratamento do roteiro é totalmente inédito. É a primeira vez que ele vai ter contato com um público maior", afirma Ristum, que define Antonioni como um "visionário" por antecipar o futuro nas relações do ser humano com natureza. (ANSA)

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