(ANSA) - Milhares de trabalhadores do comércio e turismo realizam nesta sexta-feira (22) uma greve para pedir a renovação de seus contratos, expirados há mais de três anos, às vésperas do Natal.
Sob o slogan "Merecemos o contrato", a paralisação envolve o setor terciário, as distribuições moderna e cooperativa, a hotelaria, os estabelecimentos públicos, a restauração coletiva e comercial, as agências de viagens e as empresas de spa.
Mais de 5 milhões de pessoas foram convocadas para a mobilização pelos sindicatos do setor - Filcams Cgil, Fisascat Cisl e Uiltucs. Até o momento, o ato no centro de Roma conta com a participação de cerca de 4 mil pessoas, enquanto que outros grupos estão reunidos em Milão, Nápoles e Cagliari.
Uma passeata foi organizada pela Confederação-Geral Italiana do Trabalho (CGIL), principal sindicato da Itália, pela Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (Cisl) e pela União Italiana do Trabalho (UIL), partindo da Piazza Mancini, perto da estação central do território napolitano, até a Piazza Matteotti, onde serão realizados os comícios finais.
"É uma categoria sem contrato nacional há quatro anos. Há muitos trabalhadores, muitos dos quais estão à beira da pobreza porque são precários ou empregados a tempo parcial e o contrato é a única forma de reavaliar os seus salários", explicou Giovanni Sgambati, secretário-geral da UIL Campânia e Nápoles.
Segundo ele, "nos últimos meses, o turismo e as empresas terciárias começaram a obter fortes lucros graças também ao sacrifício dos trabalhadores que devem um bom trabalho".
Este será o terceiro Natal com contratos expirados para milhões de prestadores de serviços que aguardam renovação há mais de três anos. Além disso, para os sindicatos, "será também um Natal de luta".
Apesar da greve, a Federdistribuzione, associação de distribuição organizada moderna, garantiu que "as lojas estarão abertas", na tentativa de minimizar os inconvenientes para os clientes em "um dos dias de compras mais quentes do ano".
A entidade salienta ainda que a greve "não ajuda" nesta fase das negociações e espera poder retomar "a discussão sobre todas as questões em negociação" o mais rapidamente possível.
A expectativa dos setores é retomar as negociações nas primeiras semanas de janeiro para chegar rapidamente à assinatura de novos contratos.
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