O comissário de Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni, apontou nesta quinta-feira (25) dificuldades para implantar uma taxa global contra os chamados "super-ricos", porém destacou que o documento final do G20 das Finanças no Rio de Janeiro apresentará avanços sobre o tema.
"Sobre a proposta brasileira para uma taxa contra os super-ricos, estamos todos cientes de que se trata de uma competência de cada país, algo difícil de superar com esquemas globais, mas acredito que as dificuldades não prejudiquem um compromisso comum", declarou Gentiloni à ANSA, à margem da reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 na capital fluminense.
"O documento conclusivo deste G20 terá uma disponibilidade conjunta para considerar os primeiros passos nessa direção", acrescentou o italiano.
Segundo Gentiloni, isso poderia significar o início de "mecanismos de trocas de informações entre os países, sobretudo no campo imobiliário".
"Não podemos esconder as dificuldades de cada país em matérias como essa, tipicamente de competência nacional, e o fato de que ou o mecanismo é global, ou o país que introduzisse iniciativas do gênero veria apenas o deslocamento de imensas riquezas a outros lugares", salientou o comissário.
Por outro lado, Gentiloni reconheceu o "mérito" da presidência brasileira no G20 em "insistir no acordo global sobre a taxação, tema no qual a União Europeia está empenhada e que devemos concluir, mas também por ter colocado na mesa esse novo desafio, que o aumento estratosférico de algumas riquezas individuais justifica". (ANSA)
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