(ANSA) - A Petrobras e o Banco Central (BC) admitiram nesta segunda-feira (9) que o conflito no Oriente Médio, agravado com os ataques do grupo radical Hamas, pode ter impacto no preço dos combustíveis e na inflação.
Para o presidente de petroleira estatal, Jean Paul Prates, frente à crise entre palestinos e israelenses "não tem muito a fazer, não muito mais do que já estamos fazendo. O principal efeito do conflito é a volailidade do (preço do) diesel".
Ele afirmou que a companhia está monitorando os efeitos do conflito sobre os preços. As declarações foram dadas durante evento da Câmara de Comércio Noruega e Brasil e o consulado norueguês no Rio de Janeiro.
Pouco antes das 13h (horário de Brasília), os contratos do petróleo tipo Brent para dezembro subiam 4,12%, a US$ 84,63.
O diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que "a variação do dólar e do petróleo são pontos de atenção do Copom (Comitê de Política Monetária)".
O Copom é o colegiado que determina, cada 45 dias, a taxa de juros Selic.
Galípolo disse, durante evento na Federação de Indústrias de Rio de Janeiro, que "a gente viu essa primeira alta do valor do petróleo, que está demonstrando uma preocupação sobre o envolvimento de outros países da região, em especial o Irã".
O diretor de Política Monetária do BC afirmou que o Copom deve analisar com "parcimônia" o cenário doméstico e internacional antes de definir a nova taxa Selic.
Na última reunião do Copom, em setembro, a taxa teve uma queda de 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
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