A atleta Kamila Valieva, 15 anos, um dos destaques da patinação artística da Rússia, teria testado positivo em um exame antidoping para uma substância proibida, segundo informações dos jornais russos "RBC" e "Kommersant".
O teste teria detectado traços da substância trimetazidina (TMZ), que é prescrita para o tratamento de angina e tontura. No entanto, ela está proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) desde janeiro de 2014, já que um estudo comprovou que o medicamento aumenta a eficiência do fluxo sanguíneo e auxilia no melhoramento do desempenho físico.
A organização das Olimpíadas de Inverno de Pequim, na China, ainda não confirmou oficialmente o doping da atleta de 15 anos de idade. Em contrapartida, o adiamento da cerimônia de entrega de medalhas, que terminou com o ouro do Comitê Olímpico Russo (ROC) na patinação artística, pode ter sido provocado em função do possível doping de Valieva.
A russa surpreendeu o mundo em uma apresentação na última segunda-feira (7), quando conseguiu se tornar a primeira mulher da história a ter sucesso em um salto quádruplo em Jogos Olímpicos. A excelente exibição de Valieva conduziu o ROC até o ouro, tendo superado as equipes dos Estados Unidos e do Japão.
Caso o doping de Valieva seja confirmado, será mais um duro golpe para a Rússia, que não pode disputar as Olimpíadas com sua bandeira e uniforme em função de um grande escândalo que estourou em 2015. A nação também corre sérios riscos de perder a medalha de ouro conquistada na disciplina.
Apesar do tenso momento, Valieva treinou normalmente nesta quinta-feira (10) com a companheira de equipe, Alexandra Trusova, e aparentava estar muito tranquila, tanto que distribuiu sorrisos aos seus treinadores no final da sessão.
Até o momento, o único atleta flagrado no exame antidoping em Pequim foi o esquiador iraniano Kossein Saveh Shemshaki, que deu positivo para um esteroide anabolizante. Ele acabou sendo suspenso do megaevento esportivo.
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