O Ministério Público de Nápoles abriu uma nova investigação contra o Napoli e o presidente do clube italiano, Aurelio De Laurentiis, por uma suposta fraude contábil relacionada à contratação do nigeriano Victor Osimhen e à transferência de outros quatro jogadores.
Por ordem judicial, a Guarda de Finanças realizou nesta terça-feira (21) buscas nos escritórios de Nápoles e Roma à procura de documentos ligados à venda do atacante nigeriano, do time francês Lille, por um valor aproximadamente de 70 milhões de euros durante o verão de 2020.
"O processo relativo à contratação do jogador Victor Osimhen, já objeto de um pedido de investigação pelo tribunal de Lille, conduziu também ao início de procedimentos penais por parte desta procuradoria", informou o Ministério Público de Nápoles, em comunicado.
Paralelamente, uma operação de busca também foi realizada pelas autoridades na França no âmbito do mesmo processo, que envolve ainda a transferência de quatro jogadores do Nápoles para o Lille, na mesma "janela" - Orestis Karnezis, Claudio Manzi, Ciro Palmieri e Luigi Liguori.
Além do presidente do Napoli, sua esposa, Jacqueline Baudit, seu filho Edoardo e sua filha Valentina também foram inscritos no registro de suspeitos do Ministério Público de Nápoles. Todos são suspeitos de crimes de declaração fraudulenta e contabilidade falsa.
O novo inquérito é aberto após o tribunal da Federação Italiana de Futebol (Figc) absolver em abril passado todos os clubes e dirigentes que respondiam por supostas fraudes contábeis relativas a transferências de jogadores, incluindo Juventus e Napoli.
Ao todo, cartolas de 11 times de diferentes divisões da Itália haviam sido denunciados sob a acusação de inflar valores obtidos com transferências de atletas, de modo a reduzir prejuízos em seus balanços. (ANSA)
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