O atacante e capitão da Lazio, Ciro Immobile, foi condenado pela Corte de Cassação da Itália, última instância da justiça, por evasão fiscal referente à sua transferência da Juventus para o Genoa em 2012. O veredito foi dado em julho, mas só foi tornado público nesta terça-feira (6) pela mídia italiana.
Segundo o jornal "La Repubblica", o acordo foi fechado por quatro milhões de euros e todo o processo foi gerido por Alessandro Moggi, que exerceu, pelo menos oficialmente, a função de consultor do clube genovês e de agente de Immobile. Na prática, as investigações giram em torno a um pagamento que o atleta deveria ter feito ao cartola.
Os magistrados afirmaram que o jogador biancoceleste deveria ter pagado um "imposto de renda pessoal mais alto" relativo aos serviços prestados por Moggi, coisa que não aconteceu.
No julgamento, o capitão da Lazio se defendeu alegando que seu agente era Marco Sommella, negando que ele tivesse qualquer tipo de relação com Moggi. Os juízes fiscais, no entanto, afirmaram que possuem provas da "existência de relações diretas entre Moggi e o contribuinte [Immobile]".
Os magistrados confirmaram que podem comprovar alguns pagamentos feitos por Sommella a Moggi e destacaram a descoberta de um manuscrito do próprio agente que continha uma lista de jogadores assistidos por ele, tanto que tinha o nome de Immobile incluso.
"O mandato conferido a Moggi pelo Genoa parecia intrinsecamente improvável, tendo sido emitido em 20 de Janeiro de 2012, válido por 12 dias, quando se sabe que as negociações para a compra de um jogador de futebol profissional duram muito mais. A operação simulada resultou em indubitável vantagem fiscal para a empresa adquirente", informou os juízes fiscais responsáveis pelo caso.
Aos 32 anos de idade, Immobile foi revelado pela Juventus, mas deixou o clube após alguns empréstimos e não ter conseguido se firmar na equipe piemontesa. Em Gênova, onde permaneceu por apenas uma temporada, marcou cinco gols em 33 jogos disputados.
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