A Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc) abriu um procedimento para investigar os contratos assinados entre a Juventus e seus atletas, informam fontes da entidade à ANSA nesta terça-feira (29).
Os documentos são os mesmos investigados pelo Ministério Público de Turim e que apontariam um corte fictício dos salários e uma redução de custos dos balanços financeiros divulgados em 30 de junho de 2020 e 30 de junho de 2021.
Conforme as fontes, os procuradores liderados por Giuseppe Chinè receberam nos últimos dias dos magistrados da cidade italiana os atos relativos a investigação sobre fraude contábil e fiscal contra a equipe.
A investigação da Procuradoria da Figc não está no âmbito de outra análise realizada pela entidade e concluída em maio deste ano. Na época, a Juve e outras empresas que respondiam ao processo não foram condenadas porque os juízes, em duas instâncias, consideraram que era impossível determinar critérios objetivos para definir o valor de um jogador de futebol.
Agora, Chinè quer verificar se no caso atual, que não foi julgado pela justiça esportiva, e nas interceptações feitas por Turim emergem novos fatos que possam ser considerados decisivos para a revisão da decisão anterior, ao menos no caso específico da Juventus.
As investigações provocaram a renúncia coletiva do Conselho de Administração (CdA), incluindo o presidente, Andrea Agnelli, na noite desta segunda-feira (28). Apenas o diretor-geral Maurizio Arrivabene continuará na função para fazer o processo de transição até a eleição de uma nova equipe de diretores.
Segundo o MP de Turim, a fraude fiscal cometida estimou ganhos fictícios do clube em cerca de 155 milhões de euros.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA