O técnico italiano Luciano Spalletti será mantido no comando da seleção nacional mesmo depois da eliminação nas oitavas de final da Eurocopa pela Suíça.
A informação foi confirmada neste domingo (30) pelo presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, durante coletiva de imprensa.
"Não faz sentido interromper um projeto plurianual que começou há apenas oito meses", afirmou ele, um dia após o vexame da Itália na competição.
Gravina enfatizou ainda que é preciso "ter fé" em Spalletti, lembrando que a Azzurra voltará a campo em 60 dias e "não faz sentido pensar que mudando o projeto surgirá um Mbappé em dois meses".
Durante a entrevista, o presidente da Figc também confirmou que não renunciará ao seu cargo e garantiu que, apesar de algumas críticas doerem, ele absorve as que são construtivas.
"Não fujo da responsabilidade. A crítica dói, a crítica instrumental ligada a um pedido de demissão. Aquelas construtivas não, vamos escutar. Não existe que alguém possa governar do exterior o nosso mundo, isto vale para a política e a todos os demais ao pedir a renúncia de Gravina e Spalletti.
Não existe", acrescentou.
De acordo com Gravina, novas eleições da Figc não podem ser realizadas antes das Olimpíadas de Paris. "Faremos isso na primeira data disponível. Críticas sim, mas vamos torná-las construtivas".
Além disso, reforçou que "seria um desastre inimaginável não chegar à Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva".
Por sua vez, Spalletti, que deverá permanecer no cargo até 2026, ano em que acaba seu contrato, assumiu a responsabilidade pela eliminação da Itália e revelou que "não foi o melhor Spalletti possível".
"Li que atribuíram a mim ter aumentado demais o tom e usado mitos para seguir. Mas tenho exemplos a seguir. Ainda há muitas coisas para ver, o meu empenho será total. Devemos ser honestos, na história dessas 14 partidas, da minha jornada. Estávamos bem até certo ponto. Ontem demos um importante passo atrás que não pode ser aceito. Acho que sei o que é preciso", explicou.
O atual treinador da seleção italiana ainda disse que sua missão será rejuvenescer o elenco, prestando atenção na falta de personalidade. "Eles não me deram as respostas que eu procurava.
Precisamos de novas forças e energia, precisamos de trazer os jogadores de baixo, os jovens", afirmou ele, ressaltando sua "decepção pelo jogo de ontem" porque não viu uma reação do time.
Agora, a seleção italiana volta a campo somente em setembro, quando enfrentará França e Israel na Liga das Nações.
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