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Maduro convoca embaixador no Brasil após 'grosserias' de Amorim

Maduro convoca embaixador no Brasil após 'grosserias' de Amorim

Episódio agravou crise diplomática entre Caracas e Brasília

SÃO PAULO, 30 de outubro de 2024, 14:25

Redação ANSA

ANSACheck
Governo de Nicolás Maduro acusou Amorim de ser um "mensageiro do imperialismo americano" © ANSA/EPA

Governo de Nicolás Maduro acusou Amorim de ser um "mensageiro do imperialismo americano" © ANSA/EPA

A Venezuela convocou o embaixador do país em Brasília, Manuel Vadell, para expressar seu descontentamento com as recentes "grosserias" do governo brasileiro, mencionando especificamente Celso Amorim, assessor especial do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assuntos internacionais.
    Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Caracas, o governo de Nicolás Maduro acusou Amorim de ser um "mensageiro do imperialismo americano" e de "emitir julgamentos de valor sobre processos que cabem apenas aos venezuelanos e suas instituições democráticas".
    O documento também menciona que as relações diplomáticas entre as duas nações se deterioram em virtude das "agressões constantes" proferidas pelo assessor especial de Lula.
    Em outra passagem do texto, a Venezuela afirma que chamou o responsável da embaixada brasileira em Caracas, Breno Hermann, para manifestar a "mais firme rejeição às recorrentes declarações de ingerência e grosserias de porta-vozes autorizados" pelo Brasil.
    Por fim, o vizinho ainda declarou que, "seguindo as instruções" de Maduro, convocou Vadell de forma imediata para consultas.
    "Denunciamos o comportamento irracional dos diplomatas brasileiros, que, contrariando a aprovações dos demais membros do Brics, assumiram uma política de bloqueio, semelhante à política de medidas coercitivas unilaterais e punição coletiva de todo o povo venezuelano", diz a nota.
    Ontem (29), Maduro já havia cobrado Lula a dar explicações sobre o veto à entrada de Caracas no Brics durante a última cúpula do grupo, em Kazan, na Rússia. O mandatário também definiu o Itamaraty como um "poder dentro do poder", que sempre "conspira contra a Venezuela" por suas ligações com Departamento de Estado dos EUA.
   

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