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Parlamento da Ucrânia veta braço da Igreja Ortodoxa Russa

Parlamento da Ucrânia veta braço da Igreja Ortodoxa Russa

Patriarcado de Moscou denunciou 'perseguição religiosa"

KIEV, 20 de agosto de 2024, 18:44

Redação ANSA

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Fiéis da Igreja Ortodoxa Ucraniana protestam diante do Parlamento em Kiev, em foto de arquivo © ANSA/EPA

Fiéis da Igreja Ortodoxa Ucraniana protestam diante do Parlamento em Kiev, em foto de arquivo © ANSA/EPA

O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta terça-feira (20) um projeto de lei para banir no país um braço da Igreja Ortodoxa Russa, tida por Kiev como agente do regime de Vladimir Putin.
    "Decisão histórica! O Parlamento aprovou uma lei que veta uma filial do país agressor na Ucrânia", celebrou a deputada Iryna Gueratchenko no Telegram. A medida precisava de 226 votos (de um total de 450 possíveis) para ser chancelada e recebeu 265.
    "Gostaria de destacar o trabalho do Parlamento, que aprovou uma lei sobre nossa independência espiritual", disse o presidente Volodymyr Zelensky.
    O alvo é a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), que era ligada ao Patriarcado de Moscou, cujo líder, Cirilo, demonstrou em diversas ocasiões apoio à invasão promovida pela Rússia desde fevereiro de 2022.
    Durante a guerra, as lideranças da Igreja Ortodoxa Ucraniana romperam com o Patriarcado de Moscou, mas o governo Zelensky suspeita que membros da religião ainda colaborem com o Kremlin.
    A UOC convivia simultaneamente com a Igreja Ortodoxa da Ucrânia (OCU), que teve a autocefalia concedida pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, guia espiritual dos ortodoxos, em 2019 e passou a ser independente do Patriarcado de Moscou.
    A Rússia, por sua vez, condenou a proibição. "O objetivo é destruir a raiz da verdadeira ortodoxia canônica e introduzir uma falsa igreja substitutiva", declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
    O Patriarcado de Moscou fez coro e chamou a medida de "perseguição religiosa".
   

Igreja Ortodoxa da Estônia rompe com Patriarcado de Moscou

O Conselho da Igreja Ortodoxa da Estônia (Coepm) aprovou nesta terça-feira (20) um novo estatuto que elimina a referência ao Patriarcado de Moscou.

A decisão foi tomada após o governo do país insistir pela dissociação para obter maior independência.

O Coepm iniciará em um futuro próximo negociações com a Igreja Ortodoxa Apostólica da Estônia para tentar unir todos os ortodoxos presentes na nação sob uma única denominação.

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